quarta-feira, 28 de abril de 2010

10º dia - Fechado com chave de ouro

No último dia em Peru, passamos por uma feira no Vale Sagrado, povoado de Urubamba, que nos despertou uma mistura de sentimentos... Curiosidade, espanto, pena, nojo...

Essa feira acontece uma vez por semana e são vendidos alimentos e animais. A impressão que tive é que todos compram e vendem. Nada de barraca demarcada, setores distintos entre animais e alimentos... Tudo acontece sem a menor preocupação com a higiene. O cliente compra a batata ao lado do porco que não pára de gritar, e da ovelha que tenta a qualquer custo fugir daquele pesadelo.


Nossa passagem por aquele lugar foi muito rápida - no máximo 20 minutos. Se pudesse ficaria horas por lá...

O pitoresco e a naturalidade daquelas pessoas eram um convite irresistível para fotografar.



Saco plástico para o animal não fugir...

O casal verifica se o porco está saudável... Os vendedores abrem a boca dos porcos para que os clientes vejam que está tudo certo com o bicho.

Veja que as duas mulheres sentadas ao fundo tomam sorvete no meio da poeira e das brigas dos animais com os camponeses.
© Érico Hiller

Coletivo em Lima. Como os onibus e vans são dos próprios motoristas, e não há uma exigência quanto ao modelo e idade do veículo, vemos de tudo. Jardineira (como a da foto) encontramos aos montes. Mas a maioria é van. Vimos inclusive pessoas em pé dentro da van, por falta de espaço. Um caos...
E do céu de Peru demos adeus aos picos nevados...`aquela terra de muita cultura, tradição, e de uma culinária rica, na variedade e no sabor. Como eu comi bem...

terça-feira, 27 de abril de 2010

9º dia - O tão esperado

Fim do Martírio... rsss
Depois de quase 60 km de trilhas, enfim chegamos ao Santuário Histórico de Machu Picchu.
Agora entendi porque é também chamado de "Cidade perdida dos Incas"... ô cidade longe... Pachacuti, o lider inca, ordenou no século XV a construção de Machu Picchu no topo de uma montanha, a 2400 mts de altitude, no vale do rio Urubamba. (Se soubesse o quanto isso cansaria o homem moderno, teria feito uma cidade num lugar mais planinho...).

Linda... simplismente mágica...
Dizem que é um lugar místico, que muita gente sente vibrações inexplicáveis. Eu não senti vibração (a não ser das minhas pernas que tremiam como bambu verde). Mas é arrepiante quando olhamos aquelas ruínas, recém descobertas (em 1911), e imaginamos centenas de Incas trabalhando na construção daquelas paredes e escadas de pedra. E na fé que tinham no Deus Sol.

Se pensa que vou dizer: "A trilha foi muito cansativa, mas valeu a pena!". Está enganado!!!
É realmente encantador... Mas na próxima vez pego o trem de Cusco direto pra Águas Calientes. Nada de trilha. Que me perdoem os "loucos" por trekking - Mas aquilo é programa de Índio, ou melhor, de Inca.

Nos despedimos de Machu Picchu e pegamos o trem rumo a Urubamba. Cidade próxima dali.
De dentro do trem, vemos muitas ruínas Incas...
O trem deveria ir até Cusco, mas os trilhos tb foram atingidos pela forte chuva de janeiro. Veja no canto direito da foto...
E ninguém mais aguentava o cansaço...
O que será que a Ana Paula tá procurando no corredor???
Vixe... Parece que o nosso guia Washington resolveu ajudar a procurar...
Acorda tio!!!
Putz... The end.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

8º dia - Chegada em Águas Calientes

Hoje saímos do quarto e último lodge com destino a Águas Calientes.
Localizada a 110 km de Cusco (capital do Império Inca), Águas Calientes é um vilarejo de apoio logístico ao santuário histórico. Lá encontramos belos hotéis, restaurantes e Pub`s super transados. Tudo isso ao pé da serra que abriga as ruínas da cidade inca.

Uma carona com a van, transporte dos moradores.
Trecho da estrada atingida pelas chuvas de janeiro. Perceba que a estrada que vem da direita, termina no "meio da foto".
O que??? Vamos atravessar o rio usando esse carrinho?
Por fim, gostamos. 2 minutos de travessia. Não fosse pela ansiedade de chegar ficaríamos brincando um pouco mais.
Mas temos que andar (pra variar)... Mais 1:40 de caminhada.
Esperando o trem...
No trem que só tem gringos, a Cusqueña vale ouro...
A chegada é fantástica. A avenida (a principal do lugar), no lugar de asfalto - trilhos de trem.
Ana Paula passou vergonha diante dos chefs do hotel Sumaq...
Bonito ficou!


domingo, 25 de abril de 2010

7º dia - Mais 13 km... "NÃO SOU ATLETA, SOU FOTÓGRAFO!!!"

Com o joelho todo arrebentado... me sentindo um velho de 70 anos... ouvi - "Hoje é mais tranquilo... apesar de 13 km, a trilha será praticamente toda plana."
hum, sei... cansei de ser enganado nesse lugar. rsssss

Além das paisagens, encontramos com camponesas cativantes. Os nativos são sempre simpáticos. Apesar da pobreza, dificuldade de transporte, acesso a médicos...
Momento de tensão!
As fortes e intensas chuvas de janeiro parou Machu Picchu, deixando centenas de turistas assustados, e muitos ilhados... sem ter como sair da região.
Estradas foram atingidas, trilhos de trens foram arrancados e muitas casas foram abaixo, matando 6 pessoas.
Hoje pegamos parte da trilha atingida pelos deslizamentos. Não tinha outra passagem. Tivemos que passar por trechos bem arriscados. Areia bem solta e o cascalho aumentavam ainda mais o medo ao olhar a base da encosta. E são nessas trilhas que os moradores da região passam diariamente. Crianças, idosos...
Os bastões não foram suficiente para evitar que escorregasse na areia quando descia um trecho bem íngreme. Cortei a mão numa pedra...
As canelas já estão trêmulas pela caminhada... Quando encontramos essas surpresinhas, pensamos - "dessa vez eu caio". PUTZ, e foram muitas até agora.
Parada para descanso num shopping??? Ahhh, que pena que estava fechado...
Que bom que existe esses lodges. E quanto capricho...